O encerramento de maternidades anunciado pelo governo tem estado envolvido numa intensa campanha de propaganda, procurando justificar o injustificável e esconder as verdadeiras razões da decisão que se pretende tomar.
Verificados vezes sem conta os efeitos desastrosos das orientações liberais da União Europeia (que políticas nacionais irresponsáveis e subservientes de interesses particulares acentuam à desmesura), a maioria dos portugueses, apertando mais um furo no cinto, olha hoje com desconfiança para os «grandes» projectos europeus, sentimento que, de resto, é partilhado pelos povos da generalidade dos Estados-membros, como revelou a recente sondagem do Eurobarómetro, divulgada na anterior edição do Avante!. E razões não faltam. Quem não associa o euro com a subida dos preços? O alargamento ao centro e leste europeu com as deslocalizações e o desemprego em massa? Ou a «constituição europeia» com o reforço do poder do capital e a subjugação de toda sociedade às regras desumanas do mercado e da concorrência?
À medida que a crise económica e social se aprofunda (e já lá vão cinco anos de contínuo empobrecimento do nosso País sem que se vislumbrem sinais de recuperação), as ilusões fomentadas por milionárias campanhas de propaganda desvanecem-se no embate real com a dureza do quotidiano. A península de Setúbal é uma das regiões mais atingidas pelos efeitos negativos da adesão de Portugal à então CEE.
As recentes declarações do Governo sobre questões demográficas «são de uma enorme superficialidade», quer quando abordam os factores que explicam a tendência de redução da natalidade, quer por serem acompanhadas de «medidas incorrectas e desajustadas à inversão desta realidade».
Aprofundar o conhecimento acerca dos problemas da agricultura e dos agricultores e dar resposta e visibilidade aos preocupantes problemas que enfrentam os sectores produtivos nacionais foram os objectivos da audição, realizada no passado dia 13, com o lema «O papel e o significado da agricultura na sociedade portuguesa hoje».
Realizou-se no passado domingo em Grândola a X Assembleia da Organização Concelhia do PCP, para a qual foram convocados todos os militantes do concelho.
Uma exposição e um momento cultural, a realizar no próximo dia 25, marcam o início das comemorações do centenário do nascimento de Fernando Lopes-Graça, «artista genial, maestro de Abril, militante comunista».
Durante esta semana, as estruturas da Frente Comum de Sindicatos têm promovido reuniões, plenários e acções de esclarecimento junto da população. Para amanhã, em Lisboa, está marcada uma manifestação nacional.
Representantes dos trabalhadores das empresas do sector da energia em que o Estado mantém participações determinantes condenaram a insistência surda do Governo em prosseguir e intensificar a política de privatização e liberalização.
Com uma candidatura alternativa, vários associados do sindicato «contribuem para uma verdadeira alternativa a práticas hesitantes e conciliadoras, asseguram uma efectiva mudança de protagonistas e garantem um rumo de participação e combatividade na orientação sindical».
O 8.º Congresso da JCP realiza-se este fim-de-semana no Pavilhão Municipal de Vila Nova de Gaia. O lema «Transformar o Sonho em Vida» vai nortear os trabalhos dos mais de 800 delegados que irão participar, eleitos de Norte a Sul do País, incluindo Açores e Madeira.
O 8.º Congresso da JCP foi marcado duas semanas antes da Festa do Avante!, numa reunião da Direcção Nacional, depois de uma jornada de trabalho na Quinta da Atalaia. Vasco Cardoso, Débora Santos e Valter Ferreira, dirigentes da organização, antecipam o congresso do fim-de-semana e falam sobre a organização.
«A luta da juventude pela liberdade e defesa dos direitos democráticos» é o tema do seminário internacional que tem lugar amanhã, no Fórum Cultural do Seixal. A iniciativa é organizada pela JCP, no âmbito do seu 8.º Congresso, e conta com a participação de 20 organizações internacionais e de várias associações juvenis da região de Setúbal.
Os problemas nacionais agravam-se e o futuro de Portugal surge mais comprometido. Este é, em síntese, para o PCP, o panorama que caracteriza o País, após o primeiro ano de Governo PS.
O PCP quer ver melhorada a qualidade, a eficácia e a transparência do investimento público. Trata-se de garantir que as obras públicas cumpram de facto o seu insubstituível papel de instrumento ao serviço do bem-estar do povo e do desenvolvimento do País.
Muito se tem falado de Ofertas Públicas de Aquisição (OPA). À da SONAE sobre a PT, juntou-se, mais recentemente, a do BCP sobre o BPI. Envolvidas por monumentais operações mediáticas, sobre elas, em comum, a tentativa de fazer passar a ideia de que são um sinal de vitalidade da economia.
O Grupo Parlamentar do PCP requereu a presença na Assembleia da República da ministra da Educação e do secretário de Estado das Comunidades para que ambos prestem esclarecimentos sobre o ensino do português no estrangeiro.
Continua a ser motivo de forte preocupação o funcionamento da Inspecção Geral de Trabalho (IGT). Em causa estão sobretudo a sua eficiência e eficácia, consideradas muito insuficientes, o que tem merecido duras críticas por parte dos trabalhadores e suas estruturas representativas.
A extracção mineira vai ser retomada em Aljustrel, depois de mais de uma década de paragem. Sindicato e autarquia consideram a decisão uma vitória dos trabalhadores e do concelho.
Ao que parece, o hospital do Seixal vai mesmo ser construído. Depois de pareces e anúncios contraditórios e de grandiosas manifestações populares, o novo equipamento pode mesmo avançar.
Assinalando o 61.º aniversário da derrota do nazi-fascismo na Europa, teve lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas, uma conferência internacional que marcou igualmente os 55 anos da Federação Internacional de Resistentes.
As desigualdades sócioeconómicas e os seus impactos nos sistemas de saúde foram o tema da 7ª Conferência Anual promovida pelo Grupo Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica, nos qual os deputados do PCP se integram.
A Bolívia juntou-se a Cuba e à Venezuela na Alternativa Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), um projecto de cooperação para a América Latina e Caribe.
O primeiro-ministro britânico vai abandonar o cargo em 2007. Gordon Brown é o preferido de Tony Blair para a sucessão no poder, mas o povo exige eleições antecipadas.
Nas eleições autárquicas que se realizaram em Inglaterra a 4 deste mês, os trabalhistas do New Labour sofreram pesadas derrotas um pouco por todo o país e em Londres, especialmente. Os ganhos líquidos dos conservadores ascenderam a 250 lugares de vereadores nas câmaras. Triunfaram em cidades particularmente diversas como Chorley, na zona de Manchester e Crawley, na região de Sussex. Mas na grande cidade metropolitana que é Londres, conseguiram vitórias onde ninguém esperava. Numa conjuntura em que os racistas e fascistas do BNP (British National Party) não conseguiram ganhos de mais do que 20 vereadores em toda a Inglaterra, os tories, agora, são o maior partido na capital. Entretanto, perante estes resultados, aprofundou-se a crise de que já vinham sofrendo os trabalhistas e a luta para conseguir a substituição do primeiro-ministro ultrapassou todas as fronteiras.
No índice de desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a Bolívia ocupava o 113.º lugar em 2005. Espanha estava em 21.º. A esperança de vida era de pouco mais de 64 anos. Espanha ultrapassava os 79. O analfabetismo de adultos afectada 13,5% da população daquele país sul-americano, quando não chegava aos três por cento em Espanha. Na Bolívia, o número de médicos por 100 000 habitantes era de 73, face aos 320 de Espanha, os 549 dos EUA e os 591 de Cuba. Os partos medicamente assistidos ascendia a 65% do total na Bolívia, contra 99% nos EUA e Argentina, e 100% em Cuba, Uruguai e Chile. Entre 2000 e 2002, a desnutrição afectava 21% da população boliviana, enquanto essa porcentagem era de cinco por cento no México e quatro por cento na Costa Rica. Em 2003, a taxa de mortalidade infantil na Bolívia era de 53 crianças mortas por cada 1000 nascituros, face aos quatro de Espanha, os seis de Cuba e os sete dos EUA.